Deixa voar a manhã com o rosto lavado de névoa
sobre as rochas submersa e solta as vestes
da melancolia que abraçam a tua alma,
caminha com os pés desnudos
sobre a inquietude da areia atenta aos
passos incertos que em ti guardas,
irrompe entre a multidão de vozes
que atormentam a tua fragilidade desconcertante
e sorri com o coração da criança que se
esconde em ti sem receio de acreditar!
Deixa-a sentir o perfume que a brisa serena
larga sobre a vigilante manhã, povoada pelos
sussurros do ventre das magnólias,
para a alma silenciosa resgatar,
entre a ebulição das veias,
cobrindo-a de sonho e de esperança,
restaurando as palavras mendigas que boiam
no charco dos pensamentos escorregadios
e, num trago, liberta-os com o andamento
do teu rimo cardíaco, deixa-te possuir
pelas ondas possantes que batem no rochedo
e arremessa os espasmos da tua alma
para entornar a adrenalina sobre a tua mão
que desliza pela folha desnudada.
Elisabete Brito
Elisabete Brito
Uma casa na Lua
Olá, convido-te para a minha Casa na Lua!
Elisabete Brito é doutorada em Sociologia, Mestre em Educação e Bibliotecas e licenciada em Literaturas Modernas. Na escrita mora a sua forma de ser, de ler e de estar, entranhada em tudo o que faz. Com as palavras pinta o mundo, costura os sentidos, reinventa os dias e, acima de tudo, brinca. Gosta dos abraços do mar, do charme das flores e dos segredos que guardam as noites estreladas, de andar com a cabeça nas nuvens e dos mistérios cheios de poesia.
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