Inevitavelmente elas têm um possante impacto sobre as nossas emoções e podem carretar grandes mudanças e diferentes reações em cada pessoa.
Há palavras que nos impelem para lá de tudo aquilo em que acreditamos, palavras que nos aconchegam, palavras de amor, palavras que nos abraçam. Contudo, há também palavras que nos retraem, nos causam medo, que nos afastam e nos corroem.
Só por si as palavras são apenas palavras, a forma como as cuidamos é que lhes confere sentido quando as proferimos ou escrevemos. Quiçá porque afinal "as palavras somos nós".
O poema que partilho convosco, nasceu de um desafio que lancei nas redes sociais, aquando do dia da Mãe. Pedia apenas palavras soltas, o que cada pessoa que quisesse partilhar sentisse. E depois? Desafiei-me a mim mesma a sentir essas palavras e a moldá-las para mulheres extraordinárias. Sim, é amor incondicional. Mas todos os dias são “dias da mãe”, todos os dias são desafios.
Mãe,
mulher de sonhos irrequietos
que cuida das suas sementes
com uma infinda doçura,
berço que baloiça o sono das flores
que brotam, mas adias sempre o teu
Mãe,
fortaleza segura que abriga as tormentas
e força bélica mesmo nos dias mais
cansados, mas o teu regaço almofadado
doce como o mel desde o primeiro
instante é ninho e porto seguro
Mãe,
nos teus olhos moram as estrelas e nos
gestos o calor que abraça as searas de trigo.
Mistério és tu, que alimentas a
perseverança e a fé, leoa furacão que
vai ao fim do mundo e vira o mundo do avesso
Mãe,
caminho, perfume, alento e orvalho
que agasalha os dias mais endiabrados,
farol que norteia os silêncios quando
os sonhos perdem a esperança
Mãe,
contadora de histórias e de olhares
que afugentam o medo,
poesia, abraço, pincel dos sonhos que navegam
sorriso, gargalhada e lágrima em cada página
no teu abraço mora o meu coração.
Mãe, sempre e para sempre raio de sol!
Elisabete Brito
Uma casa na lua
Olá, convido-te para a minha Casa na Lua!
Elisabete Brito é doutorada em Sociologia, Mestre em Educação e Bibliotecas e licenciada em Literaturas Modernas. Na escrita mora a sua forma de ser, de ler e de estar, entranhada em tudo o que faz. Com as palavras pinta o mundo, costura os sentidos, reinventa os dias e, acima de tudo, brinca. Gosta dos abraços do mar, do charme das flores e dos segredos que guardam as noites estreladas, de andar com a cabeça nas nuvens e dos mistérios cheios de poesia.
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