Exala lívida a brisa um sussurro
de cores vibrantes que
silenciosamente dançam,
sem pressa.
Amareleceu a sapiente natureza
por entre os mornos raios de sol
que beijam o outono
sob o olhar da poesia,
agasalho da alma.
Num chão colorido de arco-íris
cai a melancolia do que ficou,
sem medo, para que se
reinvente o equilíbrio
e libertem as amarras
para lá da solidão.
Chegarão dias insípidos
e sobre eles deslizará a mão
da lágrima que lava o mundo.
Renascerão outras sementes
sob o crepúsculo manso que cai
quando esvoaçam os violinos.
Pela estrada segue o tempo
com invernos amalgamados
a este outono que segreda
cansaços e sonhos que tecem flores,
com eles virá a esperança para se
asseverar que nada fica igual.
Amanhã será outono,
mas na avidez do teu olhar
escrever-se-á outra canção.
Elisabete Brito
Uma casa na Lua
Olá, convido-te para a minha Casa na Lua!
Elisabete Brito é doutorada em Sociologia, Mestre em Educação e Bibliotecas e licenciada em Literaturas Modernas. Na escrita mora a sua forma de ser, de ler e de estar, entranhada em tudo o que faz. Com as palavras pinta o mundo, costura os sentidos, reinventa os dias e, acima de tudo, brinca. Gosta dos abraços do mar, do charme das flores e dos segredos que guardam as noites estreladas, de andar com a cabeça nas nuvens e dos mistérios cheios de poesia.
Subscreve a minha Newsletter
© Elisabete Brito I Política de Privacidade I Política de CookiesI Termos e Condições