Um não querer mais do que um bem querer
Camões
Já todos sabemos do que nos fala Camões com este verso. O amor! Aquele sentimento com mil e uma formas de olhar. O amor é a força mais subtil do mundo, nas palavras de Mahatma Gandhi. Acrescentar-lhe-ia que essa subtileza traz consigo uma energia misteriosa e universal.
Há uma passagem na Bíblia (Coríntios) que nos fala sobre o amor de uma forma tão bonita, que quis também aqui partilhá-la contigo para relembrar: Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei. (...) O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
Sem amor, quem seríamos nós? Mas nem sempre é fácil definir aquilo que sentimos, aquilo que é amar. Há uns dias lancei um desafio: O amor é... e foram muitas as respostas, todas elas distintas. Olhei para elas e achei que podia devolver o amor que cada um partilhou. Como gosto de me desafiar, resolvi pegar em cada uma das frases/ palavras e escrever um poema. Aqui está também o amor pela escrita.
Amor...
Quatro letras de ternura
que guardam o nada
que traz sentido ao mundo,
dele brota a tua essência pura
com dias cheios de espontaneidade
que constroem pessoas sábias.
Ah! O amor! Um laço que une,
uma ponte que pincela o universo,
de dois corações, uma flor desajeitada
que absorve e transpira respeito
e quando assim não é
morreu o amor.
É preciso reinventá-lo
para compreender e valorizar
outro coração que bate com o teu.
O mais puro dos sentimentos,
nobre e transformador,
também ele vulnerável,
sempre melodia que guia a alma
entre os sussurros que trazem sorrisos
e traçam caminhos,
é dançar num mar de estrelas
no colo de cada amanhecer
em cada pensamento, em cada sonho.
Lágrima e silêncio que fala,
água fecunda que brota,
Imperfeito porque assim é a vida.
Muito fica por dizer. Cada dia acrescentamos sempre um pouco mais porque em cada dia o que transborda na alma é o fica para além desse tempo físico que se desvanece em pequenos ápices.
E tu? O que dirias hoje? O amor é...
Elisabete Brito
Uma casa na Lua
Olá, convido-te para a minha Casa na Lua!
Elisabete Brito é doutorada em Sociologia, Mestre em Educação e Bibliotecas e licenciada em Literaturas Modernas. Na escrita mora a sua forma de ser, de ler e de estar, entranhada em tudo o que faz. Com as palavras pinta o mundo, costura os sentidos, reinventa os dias e, acima de tudo, brinca. Gosta dos abraços do mar, do charme das flores e dos segredos que guardam as noites estreladas, de andar com a cabeça nas nuvens e dos mistérios cheios de poesia.
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